quinta-feira, 30 de abril de 2009

Filhos da Esperança

Ontem assisti novamente "Filhos da Esperança".

E não sei se pelo tempo, pela situação pessoal, pelas coisas que andam ocorrendo, por conversas recentes... ou só por prestar mais atenção (ou diferente), só conseguia imaginar que aquilopode ser um futuro bem mais próximo que 2027.
Com gueras que não tem fim, terremoros, maremotos, degelo... fora as ações das pesoas que aqui vivem...

Uma das cenas que mais me emocionou foi esta da foto.
















Quando um choro de crinça, coisa que não era ouvida há mais de 18 anos, para uma guerra violentísima, pesoas se ajoelham, choram, rezam... e emsegundo voltam ao que estavam fazendo, se matando. E é assim qu eu vejo o mundo.
Pessoas perdendo valores, conceitos, visão do mundo.

O que vamos deixar para os que virão. Ou melhor, que pessoas deixaremos para o mundo???

CULPA

Meus passeios
poluem o mundo.

Para ler,
gasto a luz de cidades inundadas.

A geladeira
esburaca a camada de ozônio.

Banhos longos
desertificam o planeta.

Para comer, beber, viver
gasto dinheiro (que nem ganhei).

Meus poemas
derrubam árvores.

Fabio Rocha

www.fabiorocha.com.br

sábado, 25 de abril de 2009

Tudo novo pela primeira vez

Tudo Novo de Novo
Paulinho Moska

Vamos começar
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim

Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim

É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos

Vamos celebrar
Nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou

E vamos terminar
Inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou

Mas é tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Delícia...


...

- Amo-o mesmo;não posso deixar de gostar de você.

Era a hora de Rosemary chorar. Ela escondeu o rosto e chorou.

- Creio que também estou apaixonado por você - disse Dick - E não é a malhor coisa que podia me acontecer.

De novo disseram o nome um do outro, depois se agarraram, como se o balanço do carro os tivesse unido. Os seios de Rosemary esmagaram-se no peito de Dick, sua boaca agora tinha um novo calor, pertencia a ambos. Com uma espécie de doloroso alívio, deixaram de pensar, deixaram de ver; apenas respiravam e se sentiam. Pareciam que estavam no suave e nebulosio mundo de um dia de ressaca. Mas a causa não era a bebida e sim o cansaço, quando os nervos se relaxam em feixes, como cordasde piano, estalando subtamente como em cadeiras de vime. Nervos tão sensíveis e tensos deviam certamente encontrar outros nervos, lábios contra lábios, peito contra peito.

Ainda estavam no estágio mais feliz do amor. Tinham grandes ilusões a respeito um do outro, imensas ilusões, de modo que a comunhção entre aqueles dois seres estava num plano em que nenhuma outra relação humana importava. Parecia que ambos tinham alcançado esse estágio com extraordinária inocência, como se uma série de meros acidentes os tivesse reunido; tantos acidentes que eles realmente haviam chegado a conclusão de terem sido feitos um para o outro. Tinham vindo de mãos limpas, por assim dizer, sem se macular com atos curiosos ou clandestinos.

...


Trecho de "Suave é a noite" de F. Scott Fitzgerald

terça-feira, 14 de abril de 2009

História de criança???

Galinha Chocando - Waldomiro de Deus


"O homem e a galinha"


Era uma vez um homem que tinha uma galinha.
Era uma galinha como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de ouro.
O homem ficou contente. Chamou a mulher:
- Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher ficou contente: - Vamos ficar ricos!
E a mulher começou a tratar bem da galinha.
Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha.
Dava pão-de-ló, dava até sorvete.
E a galinha todos os dias botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Pra que este luxo todo com a galinha?
Nunca vi galinha comer pão-de-ló...
Muito menos sorvete! Vai que a mulher falou:
- É, mas esta é diferente. Ela bota ovos de ouro!
O marido não quis conversa:
- Acaba com isso, mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim! - o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava farelo à galinha.
E a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão!
A galinha pode muito bem comer milho.
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim. - respondeu o marido.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha.
E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Pra que este luxo de dar milho pra galinha?
Ela que cate o de-comer no quintal!
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim - o marido falou.
E a mulher soltou a galinha no quintal.
Ela catava sozinha a comida dela.
Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Um dia a galinha encontrou o portão aberto.
Foi embora e não voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.


Ruth Rocha, Enquanto o mundo pega fogo,2. ed.
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1984.p.14-9.


Ótimo para a criançada!!!!

domingo, 12 de abril de 2009

Domingo de Páscoa

E um pouco da minha trilha sonora... nada de coelhinhos...



Devolve, moço
Ana Cañas

Existe aqui uma mulher
Uma bruxa, uma princesa
Uma diva, que beleza!
Escolha o que quiser
Mas ande logo
Vá depressa
Nem se atreva
A pensar muito
O meu universo
Ainda despreza
Quem não sabe
O que quer...

Meu coração
Eu pus no bolso
Mas apareceu um moço
Que tirou ele dali
Não!
Isso não é engraçado
Um coração, assim, roubado
Bate muito acelerado...

Devolve, moço
Devolve, moço
O meu coração
No bolso...