quarta-feira, 28 de maio de 2008
terça-feira, 27 de maio de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Os tais olhos
Seus olhos
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
domingo, 25 de maio de 2008
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Recriar
... E brilham pra cara.lho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(sorry, não tinha outra palavra possível)
Faça o que for necessário para ser feliz.
Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples,
você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.
Mário Quintana
De como Dizer Eu Te Amo sem Dizer Eu Te Amo e sem Gastar os Olhos da Cara
conto-fábula de Ítalo Calvino para niná-la. Conduzi-la ao jantar
num restaurante bem farto, com sobremesa idem, para mostrar que ela é linda, foda, uma formosura, e não precisa emagrecer nem mesmo os 21 g do peso da morte, como no filme. Acompanhá-la nas compras e agarrá-la pra valer nos provadores, se possível fodê-la pelo cantinho das calcinhas novas [de pano] recém adquiridas. Aplicar a lição do vinil:
1) passar a mão nas costas dela, a noite toda, carinhosamente, como se fosse o braço de uma velha radiola;
2) de manhã passar a mão na bundinha dela como se fosse um DJ fazendo scratch.
Xico Sá
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Mais música, muita música, sempre música
"Sem a música, a vida seria um erro"
"E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."
E falando em boa música... Ney Matogrosso!!!
Fui em um show "comportado" dele. Foi espetacular!!
Mas não acredito que perdi ele em uma das suas INCLASSIFICÁVEIS performances!!
Um pouco de calor
Saí à toa nessa madrugada
Sem saber porquê
A noite daqui é tão linda e me faz me perder
Penso num belo horizonte em poder te ver
Sei que eu não tenho mais nada a perder
Meu carro que não quer mais andar
Essa noite que não quer mais terminar
Onde está você meu amor?
Eu preciso de um pouco de calor
Saí à toa nessa madrugada
Sem saber porquê
A noite daqui é tão linda e me faz me perder
Penso num belo horizonte em poder te ver
Sei que eu não tenho mais nada a perder
Se eu não tenho mais nada a perder
No meu peito eu tenho você
É nessa estrada que eu quero estar
Eu quero o dia, a noite e o mar e cantar
Meu carro que não quer mais andar
Essa noite que não quer mais terminar
Onde está você meu amor?
Eu preciso de um pouco de calor
quarta-feira, 14 de maio de 2008
A Máquina
Sei que o filme já é velho, mas o comentário tb, pq já faz umas 2 semanas que assisti. Mas ainda estou encantada com a leveza e a doçura do filme. Além do encantamento com os atores. Sei que o filme foi criticado em relação ao cenário, tratamento de imagem e o caralho a quatro... que eu não entendo bulhufas, portanto, achei o filme, além de muito emocionante, Lindo!!!
- Não vou esperar. Sabe por quê? Por que esse tal amor que personagem finge que sente, amor dessa qualidade que tem paciência até pra esperar passar entre um anuncio e outro, parcialmente não voltando a nos apresentar para concluir que tinha fingido que tinha começado! Esse amor é somente de ficção, e é muito diferente desse amor aqui que eu sinto, negocio de doido! que eu não encontro nome, e nem em todas as palavras existentes e que não tem som e nem letra escrita que explique como ele é exagerado!
- Onde foi que tu leu isso Antônio?
- Eu nem li nem decorei, e nem sei repetir de novo, porque simplesmente esse tipo de verdade não carece de ser documentada em papel, ou romance e nem filme de cinema, pois não é da conta de mais ninguém além da pessoa que sente e da responsável pelo afeto causado! A conversa aqui é somente entre tu e eu!
Mas tb tem muitas críticas boas, e uma delas traduz exatamente o que eu senti, é um sonho poético!!! Além da trilha de Chico Buarque...
Porque Era Ela, Porque Era Eu
Chico Buarque
Eu não sabia explicar nós dois
Ela mais eu
Porque eu e ela
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ela foi me levando pela mão
Íamos todos os dois
Assim ao léo
Ríamos, choravamos sem razão
Hoje lembrando-me dela
Me vendo nos olhos dela
Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ela
Porque era eu
A incrível arte da vigília
E, já na cama, quando vira, ainda dormindo, procurando minha mão, me abraçando...
Isso sim, não tem preço, caros leitores (se é que existe algum... rs)
“Amar, além de muitas outras coisas, quer dizer deleitar-se na contemplação e na observação da pessoa amada”, sopra o velho escritor Alberto Moravia, sempre aqui na cabeceira.
Uma das melhores coisas da vida é observar a pessoa amada que dorme,entregue, para além dos pesadelos diários.
Como bem disse Antônio Maria, o grande cronista que aparece com ciúmes até da própria sombra na vida e no livro da Danuza , um homem e uma mulher jamais deveriam dormir ao mesmo tempo, embora invariavelmente juntos, para que não perdessem, um no outro, o primeiro carinho de que desperta.
Experimente você também, sensíiiiiiiivel leitora, vê o seu homem quando dorme. Há uma beleza nessa vigília que os tempos corridos de hoje não percebem.
Amar é... vê-lo dormindo como um Garfield lesado e alasanhado.
Cada mexidinha, cada gesto. O que sonha nesse exato momento? Tomara que seja comigo, você pensa, pois o amor também é egoísmo.
Gaste pelo menos meia hora por semana nesse privilegiado observatório.
Psiuuuuu!
Ela dorme.
Mãozinha no ar, como se apanhasse pássaros, que coisa mais linda. Uns 23 minutos assim, mirei no rádio-relógio. A mão desce ao colchão, quase dormente, formigamentos. Coça o nariz. Põe a mãozinha direita entre as coxas. Agora vira de lado, como os antigos LPs quando gastavam as seis músicas do A. E me abraça como nunca fosse partir, corpos viciados, almas em busca de um acerto.
Dorme, meu anjo.
Ela obedece.
Vigio o sono dela como um soldado zapatista na selva escura.
Como um cão zela o sangue do dono.
Como se fosse um homem-exército e pronto.
Amar, no início era o verbo intransitivo da alemã professora de amor de Mario de Andrade. O idílio tem sobrevida, não como gênero, mas como vício, vício de amar. Amar de muito.
A mão desce agora sobre o meu peito, como se medisse meus batimentos.
A mão direita volta para a arte de apanhar pássaros, que beleza, que diabos!
O ideal é que você, amiga leitora e sensivi, durma do lado esquerdo da cama, o do coração, sempre.
Mãozinha no ar catando pássaros. Até se acalmar de vez.
Calmaria danada de horas, sem coreografias ou narrativas. Sonha, sonha, sonha, minha menina.
Como é lindo a vigília ao sono dela.
Coça o nariz. Sussurra umas onomatopeiazinhas lindas de sonhos de besouros.
Ela arruma os cabelos como algas, entorpeço num mergulho.
Observar o sono do(a) amado(a) é a melhor maneira de mapear a sua beleza.
É a melhor maneira de conhecer o homem ou a mulher com quem dormimos.
E como são lindas aquelas marquinhas deixadas pelos lençóis no corpo dela. Um mapa de delírios! Melhor é lê-las como quem adivinha os sonhos e o futuro no fundo da xícara árabe ou nas cartas.
Mudanças
(Fernando Pessoa)
terça-feira, 13 de maio de 2008
Ópera do Mallandro
Aqui dá p ter uma idéia do que é o vídeo, mas se quiser ver na íntegra, ele está disponível no My Space do André Moraes.
Dando uma olhada no site, ele diz que dirigiu um curta de dublagem chamado "O destino de Miguel", onde faz uma paródia do filme "Shakespeare Apaixonado". Alguns dos dubladores são o elenco do programa Sexo Frágil, que era exibido na Globo... Para assistir tudinho, saber como a idéia surgiu, o elenco e curiosidades é só clicar aqui.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Este também sabe fazer chorar
Elas tem sempre que fazer dos filhos seres fortes, prontos p vida!!
Tá certo que muitas vezes perdem a mão, mas todas nós um dia perderemos... e um dia, mesmo que demore, os filhos vão entender que tudo foi para tentar ajudar... nem sempre dá certo... pq ng nasce sabendo, e como diria o poetinha
Filhos . . . Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
BENÇA, MÃE* (Xico Sá)
Mãe, ainda me lembro quando tu colocaste a rede no fundo da mala, mala de couro, forrada com brim cáqui, e perguntaste, tentando sorrir no prumo da estrada: “Filho, será que na capital tem armador nas paredes?”
Naquela noite eu partiria para o Recife, que conhecia apenas de fotos e do mar de histórias trazidos pelos amigos. Lembro de uma penca de fotografias em especial, que ilustrava uma bolsa de plástico que usava para carregar meus livros e cadernos. Lá estavam as pontes do centro, casario da Aurora ao fundo, lá estava a sede da Sudene, símbolo de grandeza naquele apagar dos anos 1970, lá estava o Colosso do Arruda, o estádio do Santa...
Quando o ônibus gemeu as dores da partida, aquela zoada inesquecível que carregamos para todo o sempre, tu me olhaste firme, e eu segurei as lágrimas tão-somente para dizer que já era um homem, que era chegada a hora de ganhar o mundo, o mundo que conhecia somente pelo rádio, meu vício desde pequeno, no rádio em que ouvia os Beatles, as resenhas e as transmissões esportivas das rádios Nacional, além de todo um sortimento de novidades daqui e do estrangeiro.
Lembro que naquele dia, mãe, ouvimos juntos o horóscopo de Omar Cardoso, na rádio Educadora (ou teria sido na Progresso de Juazeiro?). Que falava dos novos rumos do signo de Libra. Você disse: “Tá vendo, meu filho, você será muito feliz bem longe”.
A voz de Omar Cardoso e o seu mantra ecoava no juízo: “Todos os dias, sob todos os pontos de vista, vou cada vez melhor!”
Foi o dia mais curto de toda a existência. O almoço chegou correndo, a merenda da tarde passou voando... e quando dei fé estava diante da placa Crato/Recife, Viação Princesa do Agreste.
Todo choro que segurei na tua frente, mãe, foi derramado em todas as léguas seguintes. Mal chegou em Barbalha eu já estava com os dois lenços de pano –outro cuidado seu com o rebento- molhados. Em Missão Velha, uma moça bonita, uma estudante que voltava de férias, me confortou: “É para o seu bem, foi assim também comigo”.
Quando chegou em Salgueiro, além dos lenços e da camisa nova -xadrezinho da marca Guararapes-, o livro Angústia, de Graciliano Ramos, um dos motivos da minha vontade de conhecer a vida, também já estava encharcado.
E assim foi a viagem toda. Com direito a soluços, que acordaram a velhinha que ia ao meu lado, quando o ônibus chegou ao amanhecer no Recife.
Arrastei a mala pelo bairro de São José e procurei a pensão mais econômica.
Sim, mãe, tem armador de rede, escrevi na primeira carta. Naquele tempo não usava-se, em famílias sem muito dinheiro, o telefone. Era tudo na base do “espero que esta te encontre com saúde”, como a gente escrevia na formalidade das missivas.
É mãe, neste teu dia, que está quase chegando a hora, quero lembrar que a coisa que mais me comoveu foi tua coragem, que eu até achava, cá entre nós, que fosse dureza além da conta d´alma. Até falei, um dia no divã, sobre o assunto, como se eu quisesse que naquela despedida o sertão virasse o teu mar de pranto.
Eis que recentemente me contaste como foi duro, que tudo não passava de um jeito para não fazer que eu desistisse de ganhar a rodagem. Aí me lembrei de uma sabedoria que citava nas cartas e bilhetes, quando eu esmorecia um pouco na sobrevivência da cidade grande: “Saudade não bota panela no fogo”. E ainda reforçava: “Saudade não cozinha feijão, coragem, filho, coragem”.
Em nome das mães de todos os meninos e meninas que partiram, dona Maria do Socorro, quero te deixar beijos e flores.
Sim, mãe, agora já sabes que somos de uma família de homens chorões, são 04h06 de uma quarta-feira e eu choro um pouco, como fazia no fundo daquela rede colorida que puseste no fundo da mala, chorava tanto nos sótãos das pensões do Recife que os chinelos amanheciam boiando no quarto, como se quisessem tomar o caminho de volta para casa.
*crônica publicada no final de semana nos jornais O Tempo(BH), Diário de Pernambuco e Diário do Nordeste (Fortaleza).
domingo, 11 de maio de 2008
FELIZ DIA DAS MÃES
Vinicius de Moraes
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fonte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.
Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temasDorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe. Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão. que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fiqueAfugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.
O poema acima foi extraído do livro "Vinicius de Moraes - Poesia completa e prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 186.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Diversas formas
O Teatro Mágico (Fernando Anitelli)
Pra falar verdade, às vezes minto
terça-feira, 6 de maio de 2008
Eu quero é mais!!!
Antoine Rivarol
A esperança é um empréstimo que se pede à felicidade.
Paulo Geraldo
Não é possível alcançar o topo da montanha e, simultaneamente, permanecer deitado à sombra lá em baixo.
Mark Twain
Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo.
Nietzsche
O caminho para todas as coisas grandiosas passa pelo silêncio.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Coração Vagabundo
Mas, não tem jeito... vou colocar aqui a versão da poderosíssima Gal Costa!!!
Coração Vagabundo
Composição: Caetano Veloso
MEU CORAÇÃO NÃO SE CANSA
DE TER ESPERANÇA
DE UM DIA SER TUDO O QUE QUER
MEU CORAÇÃO DE CRIANÇA
NÃO É SÓ A LEMBRANÇA
DE UM VULTO FELIZ DE MULHER
QUE PASSOU POR MEUS SONHOS
SEM DIZER ADEUS
E FEZ DOS OLHOS MEUS UM CHORAR
MAIS SEM FIM
MEU CORAÇÃO VAGABUNDO
QUER GUARDAR O MUNDO
EM MIM
MEU CORAÇÃO VAGABUNDO
QUER GUARDAR O MUNDO
EM MIM
Amigos merecem
Composição: Fernando Brant e Milton Nascimento
Amigo é coisa para se guardar
domingo, 4 de maio de 2008
Paulo Leminski
sábado, 3 de maio de 2008
Ou não...
"Parece Sexta-Feira de Paixão.
Sempre a cismar, cismar de olhos no chão,
Sempre a pensar na dor que não existe...
O que é que tem?! Tão nova e sempre triste!
Faça por estar contente! Pois então?!..."
Quando se sofre, o que se diz é vão...
Meu coração, tudo, calado, ouviste...
Os meus males ninguém mos adivinha...
A minha Dor não fala, anda sozinha...
Dissesse ela o que sente! Ai quem me dera!...
Os males de Anto toda a gente os sabe!
Os meus ...ninguém... A minha Dor não cabe
Em cem milhões de versos que eu fizera!...
Florbela Espanca
Contador
Fala um oi... manda um beijo... xinga... fala que o blog é uma merda... rsrsrs
E hj eu não vou postar nada pq não estou com o menor saco, ok?!?!
Beijos
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Apropiado para o dia de hoje
Com um olho
de quem não dormiu o suficiente
e há de se sentir insuficiente
(e há de se sentir estrangeiro
até mesmo
na casa do ser) –
penso: a questão do ser
não pode ser solucionada
com barbitúricos.
Não pode ser sequer mencionada,
nem mesmo depois
de uma boa noite de sono:
porque, depois de uma boa noite
de sono, tudo o que vem,
tudo o que a manhã nos devolve
é o dia que se nos devolve:
suas asas, seu anjo,
suas agonias domésticas
(seu inverossímil enredo).
Não pode ser, porque
é a questão do ser:
e a questão do ser
não é senão a própria questão do ser –
este estar aqui, a dizer
isto, a girar
e a responder a uma pergunta
que não sei sequer formular.
Renato Suttana