terça-feira, 28 de outubro de 2008

Infinito particular



Água Também é Mar (Marisa Monte)
Composição: Marisa Monte/Carlinhos Brown/Arnaldo Antunes

Água também é mar
E aqui na praia
também é margem
Já que não é urgente
Aguente e sente
aguarde o temporal

Chuva também
é água do mar lavada
No céu imagem
Há que tirar o sapato
e pisar
Com tato nesse litoral

Gire a torneira,
Perigas ver
Inunda o mundo,
o barco é você

Na distância, há de sonhar
Há de estancar
Gotas tantas não demora
Sede estranha

sábado, 25 de outubro de 2008

Espetáculo de dança - Promon



Actor Dance - Cinema

Basedo nos musicais: Chicago, Moulin Rouge, Flashdance, Dirty Dance...

Local: Actor - Espaço Teatral (escola Recriarte)

Endereço: Rua Fradique Coutinho, 994 - Pinheiros - SP

Novembro:
Sábados - dias 08, 15 e 22 às 20h30

Dezembro:
Segunda a sexta - dias 08, 09, 10, 11 e 12 às 20h30

Ingresso: 1 Kg de alimento não perecível ou R$5,00




quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Coisas incompreensíveis


O mundo é feito de coisas incompreensíveis, pelo menos pra mim...

Pode ser pq falta alguma coisa por aqui... ou pq sobra... sei lá!!!

Mas estas coisas que eu não entendo, mas sinto, são as melhores, e normalmente inexplicáveis...

Hj foi inexplicável!!! Em vários aspectos...

Outra vida começando...

A velha continua por aqui, rondando, até poder ser jogada pra escanteio.

domingo, 19 de outubro de 2008

Um dia de cada vez, aproveitando cada segundo como se fosse o último!!!

até o próximo segundo

temos uma vida inteira pela frente

até o próximo

aproveite

o resto é


enfeite

--arrudA--


Renoir - Dance at Bougival

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ilusões!!!



Ilusión
Julieta Venegas
Participação: Marisa Monte

Uma vez eu tive uma ilusão
E não soube o que fazer
Não soube o que fazer
Com ela
Não soube o que fazer
E ela se foi
Porque eu a deixei
Por que eu a deixei?
Não sei
Eu só sei que ela se foi

Mi corazón desde entonces
La llora diario
No portão
Por ella no supe que hacer
y se me fue
Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue

Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque não me deixei tentar
Vivê-la feliz

É a ilusão de que volte
O que me faça feliz
Faça viver

Por ella no supe que hacer
Y se me fue
Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue

Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque não me deixei tentar
Viver-la feliz

Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque no me dejo
Tratar de ser la feliz

Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

"A beleza está nos olhos de quem vê"



Como disse uma menina para a amiga na sída do cinema: "uma porrada, né amiga?!?!"

As críticas dizem que não é tão "forte" como o livro que inspirou o filme, O Animal Agonizante de Philip Roth.

No filme a parte romântica e a não aceitação da idade foram mais enfatizadas. Mas sem deixar de lado os demais conflitos dos personagens.

Cenas lindas!! Penelope Cruz (lindíssima como sempre) e Ben Kingsley perfeitos!!

A tradução pro Português não condiz com o filme: Fatal?!?!?!
Perfeito é o original: Elegy, no bom e velho portuga: Elegia - um poema de tom terno e triste.
É exatamente isso!!!!!!

Este vídeo tem a trilha sonora maravilhosa de Jacques Brel "La chanson des vieux amants"

domingo, 12 de outubro de 2008

Ninguém vai me segurar

Muita coisa aconteceu ao mesmo tempo.
Não só para mim, não só na minha vida.
Mas tudo fez com que eu aprendesse muito.
Não que tudo seja colocado em pática num primeiro instante.
Mas aprendi que posso ter o que quero.
Que posso correr atrás dos meus sonhos.
Que não tenho que ter pena de mim.
Que tenho que aprender a dominar meus medos, e não perdê-los.
Que tenho que ouvir mais algumas pessoas.
Outras tenho q deixar entrar por um ouvido e sair pelo outro (no máximo rir).
Que tenho que dançar sempre e muito!
Que tenho amigos queridos que estão sempre por perto.
Que muitas coisas não acontecem pq ficamos esperando cairem do céu.
E que se pedirmos direito, quem sabe o céu dá uma forcinha...
Que eu não posso desistir nem renunciar do que quero.
Mas que eu posso sim ficar em dúvida, mas elas serão sanadas cedo ou tarde.
E neste meio tempo eu posso cair em tentação que não será o fim do mundo.
E não preciso ficar me martirizando por este tipo de coisa.

E que enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder seguir
Enquanto eu puder dançar
Enquanto eu puder sorrir

Ninguém vai me segurar!!!!!!!!!!!



Cordão
Chico Buarque

Ninguém
Ninguém vai me segurar
Ninguém há de me fechar
As portas do coração
Ninguém
Ninguém vai me sujeitar
A trancar no peito a minha paixão

Eu não
Eu não vou desesperar
Eu não vou renunciar
Fugir
Ninguém
Ninguém vai me acorrentar
Enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder sorrir

Ninguém
Ninguém vai me ver sofrer
Ninguém vai me surpreender
Na noite da solidão
Pois quem
Tiver nada pra perder
Vai formar comigo o imenso cordão

E então
Quero ver o vendaval
Quero ver o carnaval
Sair
Ninguém
Ninguém vai me acorrentar
Enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder sorrir
Enquanto eu puder cantar
Alguém vai ter que me ouvir
Enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder seguir
Enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder sorrir
Enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"É apenas com o coração que se vê bem. O essencial é invisível aos olhos." *

*Antoine de Saint-Exupéry

Semana passada reassisti Perfume de Mulher.
Quando alguém me perguntava sobre o filme, sempre dizia que tinha adorado, que era lindo, mas já tinha perdido a noção do quanto é tudo isso e muito mais.

E como é gostoso ver Al Pacino.

Daria tudo por aquele tango! Tudo mesmo... Fácil, fácil... rs






**NOTA DA AUTORA**
E quando o invisível fica visível aos olhos... aiai

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

E amanhece mais um dia............


ELEGIA

(Carlos Drummond de Andrade)

Ganhei (perdi) meu dia.
E baixa a coisa fria
também chamada noite, e o frio ao frio
em bruma se entrelaça, num suspiro.

E me pergunto e me respiro
na fuga deste dia que era mil
para mim que esperava
os grandes sóis violentos, me sentia
tão rico deste dia
e lá se foi secreto, ao serro frio.

Perdi minha alma à flor do dia ou já perdera
bem antes sua vaga pedraria?
Mas quando me perdi, se estou perdido
antes de haver nascido
e me nasci votado à perda
de frutos que não tenho nem colhia?

Gastei meu dia. Nele me perdi.
De tantas perdas uma clara via
por certo se abriria
de mim a mim, estela fria.
As árvores lá fora se meditam.
O inverno é quente em mim, que o estou berçando,
e em mim vai derretendo
este torrão de sal que está chorando.

Ah, chega de lamento e versos ditos
ao ouvido de alguém sem rosto e sem justiça,
ao ouvido do muro,
ao liso ouvido gotejante
de uma piscina que não sabe o tempo, e fia
seu tapete de água, distraída.

E vou me recolher
ao cofre de fantasmas, que a notícia
de perdidos lá não chegue nem açule
os olhos policiais do amor-vigia.
Não me procurem que me perdi eu mesmo
como os homens se matam, e as enguias
à loca se recolhem, na água fria.

Dia,
espelho de projeto não vivido,
e contudo viver era tão flamas
na promessa dos deuses; e é tão ríspido
em meio aos oratórios já vazios
em que a alma barroca tenta confortar-se
mas só vislumbra o frio noutro frio.

Meu Deus, essência estranha
ao vaso que me sinto, ou forma vã,
pois que, eu essência, não habito
vossa arquitetura imerecida;
meu Deus e meu conflito,
nem vos dou conta de mim nem desafio
as garras inefáveis: eis que assisto
a meu desmonte palmo a palmo e não me aflijo
de me tornar planície em que já pisam
servos e bois e militares em serviço
da sombra, e uma criança
que o tempo novo me anuncia e nega.

Terra a que me inclino sob o frio
de minha testa que se alonga,
e sinto mais presente quanto aspiro
em ti o fumo antigo dos parentes,
minha terra, me tens; e teu cativo
passeias brandamente
como ao que vai morrer se estende a vista
de espaços luminosos, intocáveis:
em mim o que resiste são teus poros.
Corto o frio da folha. Sou teu frio.

E sou meu próprio frio que me fecho
longe do amor desabitado e líquido,
amor em que me amaram, me feriram
sete vezes por dia, em sete dias
de sete vidas de ouro,
amor, fonte de eterno frio,
minha pena deserta, ao fim de março,
amor, quem contaria?
E já não sei se é jogo, ou se poesia.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Relatos de uma quase balzaquiana

A idade chaga, não tem jeito. Mesmo que a gente tente ser moderna, ficar por dentro dos assuntos mais high tech e tal... rola sempre uma defasagem...

Olha eu ontem feliz e contente pq tinha achado onde fazia aqueles bonequinhos no orkut, que todo mundo fica brincando, pode?? E fazem isso há séculos.................



E ainda consegui fazer sozinha... hahahaha


Mais um sinal da idade chegando. Os outros, bom, prefiro não comentar.... kkkkkkkkkk

Mas, para alegrar este assunto tão chato, vou colocar a minha obrar prima, minha bonequinha... que, se é que isso tem um nome, eu não tenho a menor ideia de como seja... hahahaha



Olha que cut cut!!!

É... coisas amenas ajudam a relaxar de um dia estressante, semana estressante, mês estressante...

E viva minha bonequinha!!!!!!!!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Atualização

Já foram há tto tempo, e eu nem comentei dos eventos importantes ocorridos... Um absurdo!!!!!!!
Mas já vou me redimir. Vamos por ordem cronológica.

Mas antes de tudo: as fotos estão no aqui no My Space.

1 - Minha defesa de Doutorado: Yes, sou uma Doutora. No, não aumentaram meu salário... rs
Mas foi um dia muito importante para mim. As pessoas que me conhecem mais, sabem o quanto isso foi uma superação. Fiquei feliz por ter dado tudo certo, fiquei feliz por ter acabado, fiquei feliz...........
Um alívio e tanto!!!

2 - Meu niver: A data mais importante do ano. Bom, este ano não foi tto assim. Acho q muita coisa aconteceu ao mesmo tempo, e fez com que isso perdesse um pouco a importância,
Mas pessoas queridas estiveram perto de mim. Fico muito feliz por tê-las perto.
Foi legal, lugar gostoso, amigos queridos, música boa...
Depois festinha em casa, family......
O que mais posso querer???

Presentes!!!!!!!!!!

Coisas lindas e dadas com muito carinho. E guardadas (usadas, lidas, ouvidas...) com muito carinho!!
Vou ficar muito cheirosa, mais bonita, pele boa, com "roupitchas" novas, acessórios lindos. Mas não é só de aparência que vivemos...
Vou ler coisas boas, ouvir coisas boas...

Aiai...

Acho que tenho sorte, sim!!!!

E para comemorar, vou deixar um pouco do que eu ganhei. Espero que também gostem.



Sobre o vídeo: tinha vídeo com som melhor? Sim, então vejam a letra aqui.
tinha vídeos com imagem melhor? Sim

Não importa... tinha que ser este... conseguem ver a delicadeza?? Talvez algo mais...


Do livro, ainda não vai dar p comentar... tenho 5 na fila de espera, isto pq estou lendo 2 ao mesmo tempo...
Acho q tô sentindo falta da tese... hahahahahaha

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Mais Chicas

Cada vez que ouço o CD gosto mais delas. Das músicas, das vozes... lindo, divino, maravilhoso!!!

Uma das preferidas!!!!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O bem...........

“Distingue duas espécies de fragilidade. Uma delas, que valoriza até certo ponto, deriva de um dilema moral. Super-Homem deve optar entre dois males: deter o tornado que ameaça centrifugar uma cidade inteira ou impedir que um cego mendicante tropece e caia na sarjeta. A desproporção entre os perigos, evidente para qualquer um, para o Super-Homem é irrelevante, e até mesmo, do ponto de vista moral, condenável, e justamente por isso, pela intransigência que o leva a conferir-lhes o mesmo valor, que ele fica numa posição de fragilidade e se torna mais vulnerável que nunca ao ataque inimigo....”

Trecho de História do Pranto de Alan Pauls

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Paquito da Xuxa x Casca de Jaca

PARA BEIJAR A LONA DO AMOR E DA SORTE


-Só não vou te perguntar se vens sempre aqui porque a casa inaugurou hoje.

Acreditem, com esta abordagem lindamente ingênua, uma rápida e metalinguística variação do infrutífero clichechão “vens sempre aqui?”, mr. Abelha, um amigo que flana na noite de SP, despertou na gazela um daqueles sorrisos que muitos bacanas só conseguem em troca de um diamante, um presente da Tyffani´s ou 12 trabalhos de Hércules.

Mr. Abelha não tem bala na agulha para bancar uma bonequinha de luxo, também não é um típico “maníaco do trechinho”, como chamamos aqueles supostos intelectuais que disparam duzentas citações e frases de efeito por minuto. Ele tem apenas a manha de fazer sorrir a mais existencialista das afilhadas de Jean-Paul Sartre. E isso é o que conta no primeiro momento, seja qual for o estilo do cavalheiro.

Se o camarada não for lá, digamos assim, um gato, vai carecer ainda mais do poder da simpatia e do algo mais. Sim, um mal-diagramado, caso deste cronista que vos aborda, sabe muito bem que a sua luta é quase sempre por pontos, ali na corda do discurso amoroso, minando a resistência da moça no ringue mais lírico, riso a riso, drinque a drinque, gesto a gesto.

O contrário do bonitão, do galã, sempre confiante, pois está acostumado a vencer por nocaute –embora muitíssimas vezes quebre a cara e volte para casa mascando o jiló do desprezo.

Sim, os desprovidos, como se diz, da beleza padrão, carecem ganhar sempre por pontos; os bonitões guardam na caixa torácica a soberba do triunfo por nocaute.

O melhor de tudo, para sorte nossa, é que a beleza é passageira e a feiúra só acaba no túmulo, como dizia o doce canalha fancês Serge Gainsbourg. Com essa conversinha mole, e muito charme, óbvio, o autor da clássica "Je t'aime moi non plus", a chanson mais tocada nos motéis do mundo inteiro, teve belas e quentíssimas histórias de amor com Jane Birkin e Brigitte Bardot, entre outras tantas fraquinhas da época.

Para fechar o boteco, duas dicas de livros que caem bem como saideira e post scriptum dessa crônica: “Por um punhado de Gitanes” (ed.Barracuda), biografia de Gainsbourg escrita pela jornalista inglesa Sylvie Simmons, e “Por um bife e outras histórias de boxeadores” (ed. Artes & Ofícios), do velho lobo da selva Jack London. Beijo para quem é de beijo, abraço para quem é de abraço, e até a próxima.


Xico Sá