domingo, 27 de julho de 2008

Qual é a amarra mais firme? Quais as cordas que são quase impossíveis de romper?

Vejam bem, eu disse QUASE!! Ou melhor, ele disse...

Este texto é para vocês!!! Para nós!!! E vocês, quando lerem, vão ter certeza disso...

ADORO VCS!!!!!


Trecho de "Humano, Demasiado Humano" de Nietzsche
Eu disse que ia (e precisava) ler!!!


Para esta espécie de servos a liberação chega de repente, como um terremoto: a jovem, alma é de um só golpe sacudida, derrubada, arrancada – ela própria não entende o que se passa. Um ímpeto e um fervor imperam e se apoderam dela como uma ordem; uma vontade, um desejo desperta para seguir em frente, para onde quer que seja, a qualquer preço; uma violenta e perigosa curiosidade por um mundo desconhecido arde a flameja em todos os seus sentidos. “Antes morrer que viver aqui” – assim fala a imperiosa voz da sedução: e este “aqui”, este “em casa” é tudo quanto ela amou até então! Um repentino medo, uma desconfiança em relação a tudo que ela amava, um lampejo de desprezo por aquilo que para ela significava “dever”, um desejo sedicioso, voluntário, impetuoso como um vulcão, de expatriação, de afastamento, de resfriamento, de desengano, de gelificação, um ódio ao amor, talvez um gesto e um olhar sacrílego para trás, para onde ela então havia orado e amado, talvez um rubor de vergonha pelo que acaba de fazer e ao mesmo tempo um grito de alegria por tê-lo feito, um arrepio de embriaguez e de paz interior, em que se revela uma vitória – uma vitória? Sobre quê? Sobre quem? Vitória enigmática, problemática, contestável, mas ainda assim uma primeira vitória: - aí estão os males e as dores que compõe um grande liberação.
* O texto no blog que eu tirei a figura: "Freedom from what???"

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