quarta-feira, 9 de abril de 2008

quando choro


quando choro


quando choro

todos os rios do mundo chovem no meu corpo

todos os amores represados desaguam no meu corpo


todos os amanheceres me anoitecem no olhar

por isso

aqui fico

navio soterrado na margem


assim


de braços calados


sem lágrimas


Jorge Casimiro in “murmurios ventos”, edição Jorge Casimiro e Pássaro de Fogo, 2006

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