quando choro
quando choro
todos os rios do mundo chovem no meu corpo
todos os amores represados desaguam no meu corpo
todos os amanheceres me anoitecem no olhar
por isso
aqui fico
navio soterrado na margem
assim
de braços calados
sem lágrimas
Jorge Casimiro in “murmurios ventos”, edição Jorge Casimiro e Pássaro de Fogo, 2006
Nenhum comentário:
Postar um comentário